19.1.07

Tomorrow never dies


«(...) É grave a situação de Portugal. São grandes as dificuldades que embaraçam a vida politica da nação.
Confusão e incoerência nos princípios, grande desordem nas finanças; enfranquecimento deplorável da autoridade, dentro dos limites das constituição e das leis; falta de confiança na vitalidade do país e nas suas faculdades politicas e económicas; um desalento injustificável atrás do qual se esconde um perigoso indeferentismo; a violência mais exagerada nas lutas dos partidos, sem que lhes corresponda nem o vigor das convicções nem a ousadia dos cometimentos; tendência funesta a rebaixar tudo e todos; paixões em vez de crenças; preconceitos em vez de ideias; negações em vez de afirmações, tanto no domínio dos princípios como no dos factos; desconfianças em vez de esperanças e falta de fé na liberdade; são causas de desorganização e ruína para uma nação, por maior que seja o seu poder, por mais gloriosas que sejam as suas tradições (...)»

João Andrade Corvo- Lisboa, 1870
(in Portugal como problema - org. P. Calafate)


crisdovale

1 Comments:

At 1:36 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ontem e hoje, há quem repita até à exaustão os mesmos diagnósticos, as mesmas doenças e os mesmos enfermos de sempre.
Não há porém um único autor que aponte a República.
Pois que se lixem, um por um e todos por junto, até sempre.
Ou até qualquer dia ...

 

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