A verdade não se torce II
«Goa foi uma tragédia, um desastre nacional», frisou Carlos Azeredo, disparando críticas para o presidente do Conselho, Oliveira Salazar, o primeiro-ministro na União Indiana, Pandita Nehru, e o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy.
Para Carlos Azeredo, não havia qualquer razão, «a não ser geográfica», para integrar Goa, Damão e Diu na União Indiana, que era de constituição bem mais recente do que a Índia Portuguesa.
«Goa era muito mais velha do que a União Indiana, que só nasceu em 1947/48», quando passou a ser um estado independente do império britânico, salientou, recordando que as possessões portuguesas na Índia começaram com Afonso Albuquerque.
O general sublinhou que «Goa foi conquistada a muçulmanos e não a hindus», pelo que não havia qualquer legitimidade para a anexação do Estado Português da Índia pela União Indiana.
«Kennedy, que foi bem morto, teve muita culpa disso. Ele, através da mulher, deu carta branca a Nehru para atacar Goa», acusou Carlos Azeredo, referindo que, apesar de não desejar a morte de ninguém, não teve pena que o então presidente norte-americano fosse assassinado.
«O tipo era absolutamente contra Portugal, sobretudo por causa das colónias», afirmou o general, salientando que Salazar também não ajudou nada à resolução pacífica do conflito: «Chegou a oferecer bases aos chineses para fazerem guerra contra União Indiana».
in Portugal Diário
Eusébio Furtado
1 Comments:
«deu carta branca a Nehru para atacar Goa»».
... e apoiou a UPA, o movimento de puro terrorismo em Angola.
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