26.4.07

Assim à puridade



« (...) Vem até ao espírito uma história passada entre Ramalho Ortigão, na altura um jornalista novato, e António José de Ávila, um dos políticos mais importantes do tempo.

Um dia, algures na década de 1870, encontraram-se num jantar em casa de amigos.

Depois de se terem refastelado com uma bela lagosta à americana, regada a Moet et Chandon, o político virou-se para o escritor e, em tom confindencial, perguntou-lhe:

Ora, sr Perdigão (nunca me honrou com outro apelido aquele venerando vulto), há-de ter a bondade de me dizer, assim à puridade, o que é que lhe falta para se achar plenamente satisfeito no seio da sociedade a que pertence?»


(M.F.Mónica,
in "Aníbal,um campeão português"
K- Set.1991)



brventana

5 Comments:

At 8:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O parentesis "àquela" do Sr Perdigão é soberbo, e, como dizia o outro, "não há almoços grátis" ...

 
At 8:24 da tarde, Blogger Raquel Sabino Pereira said...

Aproveito para divulgar um pouco mais a «nossa» Moita...

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At 10:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Magníficos personagens , o Duque e o Ramalho! E não é que a questão que o primeiro coloca tem resposta dificil como o diabo

 
At 12:37 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Bem vai faltando ética , "da republicana" como eles dizem...

 
At 12:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Bem prega frei antonio vieira... Talvez os peixes

 

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