Vamos, Teodoro!
«(...) No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste.
Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro.
Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia.
Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro.
Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?
(...)
Foi então que, do outro lado da mesa, uma voz insinuante e metálica me disse, no silêncio:
- Vamos, Teodoro, meu amigo, estenda a mão, toque a campainha, seja um forte!(...)»
eça de queirós
bvta
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