2.1.05

TATUAGEM DO CAPRICHO NA RIA DE ALVOR


No azul nocturno da Ria flutua vadia a lua dezembrina.

Cores de estranheza e espasmo, de prata de escamas de carpa, levantam os vultos sem peso, voando-os de roda dos barcos numa música calada.

O cintilante metal fere a água apenas de arranhadura.

E a habilidade felina da sua fortuna aventureira forja um ritual de anéis que cicatriza os males ocultos.

Astral e fulgurante, a noite dá caça à Ria pela madrugada do último dia.



lourençoBravo