9.7.05

RASURANDO O CANDIDATO

"Não podemos dar ao operário o pão da terra, mas obrigando-o a cultivar a fé, preparamos-lhe no céu banquetes de luz."
Eça de Queirós




O divino, sabendo, de ciência certa, que o candidato presidencial do PS vai ser manuel alegre (publico-8.7) e consequentemente rebuçado de saudável aflição pelo destino do empreendimento, corre a dar truques e mézinhas...

Subtil e suave, fala em "rasurar"(sic) alguns aspectos da imagem do candidato.

A tarefa é pesada como tudo.

É o divino, em pessoa, quem o reconhece:

"...lido com atenção, para além da dimensão retórica, tem posições políticas muito mais equilibradas e prudentes do que aquelas que a imprensa lhe atribui."

"Torna-se necessário rasurar a imagem de homem do passado e dar-lhe a energia e lucidez de um dirigente do sec. XXI (...) Tem de abandonar certos preconceitos de esquerda e sobretudo a rigidez do discurso dos sindicatos..."


Perante isto, apenas: pobre manuel alegre, pobre divino.
E pobre país.

Esta carta seria mesmo a única que ainda falta.





CrsDvale