28.7.05

A SOARADA

"Postos todos a comer à mesa depressa passariam de convivas satisfeitos a amigos dedicados”.
(Rodrigo da Fonseca Magalhães, "O raposa", explicando o conceito de "política de empregadagem")




Desde "a lufada de ar fresco"( para usar a feliz expressão de vitor ramalho) assoprada na vida política nacional, o povo tem acompanhado com atenção os movimentos e reflexões de manuel alegre, que, num ápice, passou de aquele "que anda sobre o mar com uma caravela debaixo do braço"( para usar outra feliz expressão, esta do arquitecto simões), a figura mais ou menos proscrita do ps/ pós "soarada".

Mas, e as reflexões do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o extra-celeste Teodoro?

Como se estará a sentir, este vulto, na ressaca da "soarada".

Os olhinhos, afunilados na avidez, que pareciam alegrar-se, nervosos, da própria manha andarão menos luminosos?

O seu encanto de perinha sorvada terá perdido recorte?

Tem havido um manto de silêncio, muito estranho, sobre os estados de alma da criatura.

O mais que se pode conjecturar é que não serão muito diferentes dos de jorge sampaio.

Sendo certo que ainda pode acabar mandatário nacional do candidato da "lufada de ar fresco".



cristovão do vale




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