21.2.06

Consagração perversa

"David Irving foi condenado a uma pena de prisão na Áustria, por ter negado o Holocausto. David Irving não é um historiador, é um homem que falsificou deliberada e muito competentemente a história. Não se enganou: quis fazer o que fez. Não se pode invocar a favor dele o "cepticismo" académico e o direito ao erro. Só se pode invocar o direito político que lhe assiste de escrever e publicar tudo o que entender. Há quem o ache "perigoso", porque, ao contrário do malfeitor comum, estudou com minúcia e seriedade a evidência arquivística para a distorcer. Talvez seja "perigoso". Mas não escapou ao exame da comunidade dos pares. Ninguém o leva a sério há mais de quinze anos. Desprezado, isolado e já sem sombra de influência, recebeu agora uma espécie de consagração perversa por culpa de uma lei estúpida e de uma atmosfera persecutória, num país que se quer livrar do seu abominável passado à custa de uma virtude postiça. David Irving estava na rua como o lixo. Se por acaso se conseguir levantar é porque esquecemos que a liberdade nos defende."
vpv
(o espectro)


bventana

1 Comments:

At 12:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Independentemente de david ter ou não razão (e é óbvio que não tem!), não deixa de surpreender a constatação que o argumento "liberdade de expressão", tão em voga no Ocidente, seja, agora, completamente esquecido. E se o homem tivesse expresso os seus disparates num livro ilustrado com cartoons, também seria preso?
A invocação da liberdade de expressão só serve quando convém, pelos vistos.

 

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