30.6.04

ELES JÁ ESPREITAM

Para quem diz querer eleições.

Santana Lopes ou Ferro Rodrigues...

Ou, numa leitura mais completa e não menos preocupante: PSD e PP ou PS com Bloco de Esquerda.

Eles já espreitam!

SÓ DE VERDE

Os Índios também eram vermelhos e também se lixaram.
Anónimo

Scolari pediu para que os portugueses se vestissem de vermelho e verde como sinal de apoio à selecção de Portugal.

Hoje há, no entanto, portugueses quem desejam a derrota de Portugal frente à Holanda.

Os vermelhos e os rosas esperam que o insucesso de Portugal os conduza mais rapidamente ao poder.

Por isso, hoje, só de verde. De vermelho não!

28.6.04

O DIABO É O CABEÇA DAS REVIRAVOLTAS DE UM BAILE

Salmo139

“ Naquele tempo até as mulheres de espírito ruim
me pareciam boas”
C Castelo Branco

Ao marinheiro de Vila Franca , ex-presidiário imprestável, deu-lhe o Major, bom psicólogo de almas, responsabilidade de muita monta. O tipo revelou-se, pelo lado que nele era despressentido, de tão alto gabarito que chegou alto e longe.

Reflectiu-se, depois, que de tanto papaguear heroicidades, algumas tinha interiorizado e destas se valeu.

Ai Portugal que já fostes grande.

FUI DIREITO À IGREJA OBSERVAR A LUTA DE S. BARTOLOMEU COM O DIABO

“Trajava com elegância, vestia luva gema de ovo todos os dias,
e aos domingos alugava cavalo”
C. Castelo Branco

Em causa, verdadeiramente, o que deve estar é saber donde resultam menos danos para o País. Isto, não obstante o retintim das baionetas sacudidas dos sues engastes. Tendo também em conta que, como dizia Luigi Pirandello, as coisas são o que são e não aquilo que os homens queriam que fossem.

A MINHA RICA CASINHA FEITA PELOS SEUS LEITORES

SANDEUS

É, é..mas a brincar a brincar já mataram um, o Ferro está quase a ir de charola, o Lamego não existe, o Sócrates tem uma cabeçinha muito complicada para pôr em ordem. Enfim, reinando sobre o largo da devesa, altivo, rotundo e rubicundo, só ficará o João Soares...

Como dizia o outro: "um gafanhoto peregrino pode chegar aos 15 cms de comprimento." Cada um tem o que mereçe.

(Leitor não identificado)

22.6.04

OS SANDEUS

“Ribombavam os zabumbas de ambos os lados, e
guinchavam as requintas por sobre a vozearia da tropa”
C Castelo Branco


Matosinhos e o Narciso. Matosinhos e um tal de Seabra. Os dois e a lota do PS. A concelhia. Um inquérito. Metia também gorilas. Parece que houve guarda-costas de uns e guardas avançados por outros. Velhacaria de espertos e tolos. Guinchos e zelo. A razia do pejo. A subida dos ladravazes. O triunfo rotundo dos sandeus.
O urro.

BOM PRESSÁGIO

“Ressoaram canções que farte”
Popular


Também correm nos mentideros possibilidades animadoras. Como seja a de uma pessoa de talento e categoria como Teresa Calçada ir ao Governo.
Em breve num andar da 5 de Outubro.

"Portugal não quer mais Eureka" - a fama chega já a Macau!

Uma inspecção às contas da Agência de Inovação, que organiza em Portugal o programa “Eureka/Àsia”, deitou tudo a perder. Há dinheiros por pagar a Macau e críticas. E, provavelmente, tribunal... Aqui.

DEPOIS DAS JANELAS ELES QUEREM FECHAR AS PORTAS

UM EVENTO MUITO SÉRIO (II)
“ Diz adeus às tuas cabrinhas que eu volto já, filha”
C. Castelo Branco

Coimbra, 22.6.04 - Organização do Conselho dos Laboratórios Associados (CLA)


A segunda “jornada CLA” em prol do monopólio da Promotora Oficial mestre Rosália Vargas aconteceu.
A teorização do problema não evoluiu, o espírito não remontou a outras alturas e o tom do evento foi mais do género “vou buscar umas folhas de arruda ao quintal”.
Por atacado, foi manifestada preocupação.

O caso como é sabido é este: a divulgação científica vinha sendo “gerida” sem atender a minudências, em exclusivo, pela entidade privada Agência “Ciência Viva”.

Um dos (muitos) momentos vivos dessa gestão aconteceu quando “uma proposta de 25,5 Milhões de Euros foi apresentada pela Agência à entidade de gestão do programa e enviada por esta ao ministério, sem que exista documentação relativa a uma avaliação, apreciação ou parecer da unidade de gestão do programa” (Relatório da Comissão Europeia).

A rapaziada precisava pois de arrocho e Bruxelas exigiu a transferência das competências da Agência Ciência Viva, que concentrava a gestão e a avaliação de projectos de divulgação científica, como uma das condições para o desbloqueio dos fundos comunitários.

Entretanto a divulgação científica vai agora ser reforçada, sendo-lhe atribuída, até 2006, 40 Milhões de Euros, a que acrescem 19 Milhões no âmbito das medidas desconcentradas de Ciência. Mas, imagine a mariolagem, com concursos e avaliação por painéis independentes e gestão financeira a cargo do gestor do programa operacional.

Hoje por hoje toda a comunidade científica e académica sabe isto, e até mais. Daí que o façanhudo físico Fiolhais, com as brutais tiradas“ O agora estrangulado Ciência Viva era a ciência a bater à porta da escola” e “Agora, a ciência está morta.”, mais que angustia e tortura o que mostra é que o demónio rabia nas almas desencabrestadamente. Vai melhorar de certeza.
Quanto ao Prof. Alexandre Quintanilha, que disse “O Ciência Viva era um programa raro na Europa e no Mundo”, enganou-se: não era raro não senhor. No escoucear da ética e na urdidura da trama era mesmo único.

21.6.04

O MINISTÉRIO BORRACHA

“Para mim o artista é uma espécie de animal obstinado, com antolhos,
que anda a gemer a vida inteira, à roda de um poço, sem ver mais nada,
sem acreditar em mais nada, sem lhe doer mais nada”
MIGUEL TORGA


Era a coisa por uma manhã de Junho. Lá vinha ele outra vez, e desta no “Diário Económico”, o afadigado Prof. A. Santos Silva (ASS) a assoviar loas ao ex – Ministro da Ciência e Tecnologia dos Governos PS.

Não fazendo caso nem conta do bom senso, acusa a actual Ministra de uma “operação de mistificação conduzida no sector da ciência inventando um valor de suposto investimento…”
Aqui o bom do leitor perguntará: Porque raio fará a Senhora tal coisa?!
ASS sabe:
“Procura apagar a memória do que muito bom se fez na Ciência no Ministério de Mariano Gago…”

Temos pois um Ministério borracha.

Mas temos, sobretudo, um problema: o que faz ASS, que temos por pessoa articulada e de boa índole, correr para fora das muralhas a espantar maus ares desta maneira?

Pois se ele sabe que o ex-mct, melífluo e jactante, gastou a froixo, enxugando fundos e repartindo deles sem olhar a normas, levando por isso reprimenda única de Bruxelas (designadamente quanto ao “ciência viva”, a menina dos seus olhos), martelando estatísticas, brilhando no compadrio, sem decência ética e com um resultado entre o sofrível e o medíocre face ao que gastou ao contribuinte.

Porquê então martela ASS desvairadamente esta tecla?

Fazer esquecer o seu inenarrável consulado como Ministro da Educação?
Tentar segurar poiso no circo de trapézios em que rodopia o PS?
Respirar do desgaste que lhe dá aos nervos vir da freguesia à cidade?

Não sabemos.

18.6.04

MAROTEIRAS NA ALDEIA

“ As citações são nas minhas obras
como ladrões de estradas, que fazem um ataque
armado e que aliviam um ocioso das suas convicções”
( W. Benjamin )


No “O Independente” de 9 de Agosto de 2002, em manchete, lia-se “Quem dá assim não é Gago”. Lá dentro, com o engraçado título “Subsídio em casa própria”, dava-se conta que o ex-Ministro socialista da Ciência atribuiu um subsídio de 1,5 milhões de euros dois dias antes das eleições de Março, a um laboratório que fundou e agora preside.

O “Expresso” on line de 12 de Agosto do mesmo ano referia: “ Ex-Ministro deu 3 milhões ao laboratório a que preside.” Mais, contava que os dinheiros em causa, provenientes do Estado e da União Europeia, “foram atribuídos ao arrepio do regulamento previsto”.

Mais tarde, o “Público” de 13 de Janeiro de 2004 , dizia a toda a largura da página (32) que “Auditoria da Comissão Europeia critica gestão de Mariano Gago” e apontava as” anomalias ao programa Ciência Viva e aos laboratórios associados”
Na versão on line do mesmo jornal, do dia seguinte, lia-se que em alguns casos a própria autoridade de gestão do programa tinha sido contornada, através de propostas de financiamento apresentadas directamente ao ministro pelas organizações beneficiárias ou, em certos casos, pelos destinatários últimos.”
A auditoria não poupa o ciência viva:
” Uma proposta de 25,5 milhões de euros foi apresentada pela Agência à autoridade de gestão do programa e enviada por esta ao ministério, sem que exista documentação relativa a uma avaliação, apreciação ou parecer da unidade de gestão do programa”.

È hoje do conhecimento geral que desde o Verão de 2003 foram necessárias dezenas de funcionários e milhares de horas de trabalho da Administração Pública para recuperação do histórico de mais de 3000 processos do POCTI, de 2000 e 2001, e que levaram a Comissão Europeia, face às habilidades encontradas, a suspender o financiamento comunitário para a ciência nacional.
Em causa estava a restituição de 100 milhões de Euros, já pagos pela Comissão no período 2000-2002, a que acresciam 117 milhões de Euros já comprometidos relativamente ao período 2002-2003, bem como os financiamentos a aprovar até 2006.

Isto leva-nos ao pensamento que os responsáveis pela governação da área da ciência e tecnologia que saíram em 2002 não era gente aprumada.

Porque será então que têm da imprensa um tratamento tão bom, que nem o Eusébio em “ A Bola” ou o Zézé Camarinha em “ A Trombeta do Sotavento” ?

Tudo tem explicação

16.6.04

A subjugação do Técnico ao PCP…

Como os comunistas usam os meios do estado para propaganda eleitoral partidária


Em vésperas das eleições para o Parlamento Europeu, a esquerda do Técnico (ou, sendo mais rigoroso: o PCP) não hesitou em abusar dos meios públicos para, ilegitimamente, fazer campanha eleitoral…

A direcção do IST, presidida pelo Professor Matos Ferreira, utilizou os meios à sua disposição para difundir por toda a escola, por todos os professores, um comunicado do sindicato dos trabalhadores da função pública – afecto ao PCP, perdão, à CGTP…

Este comunicado é, nem mais nem menos que um apelo ao voto no PCP com frases como as seguintes:

“No dia 13 de Junho de 2004 os trabalhadores da Função Publica vão utilizar a força do seu voto para parar os ataques que tem vindo a ser desferidos contra os seus direitos e garantias fundamentais. Vão votar contra a politica de destruição da Função Publica e contra o Governo que a prossegue.”

“…é imperioso que participemos no acto eleitoral para dar expressão a uma profunda derrota do Governo PSD/CDS-PP e da sua política e, ao mesmo tempo, penalizar todos quantos, como a Partido Socialista, lhe abriram caminho ou a apoiam e, com a sua ambiguidade e conivência…”


Afinal quem defende este sindicato?! Os trabalhadores ou a sobrevivência desesperada do partido comunista!?

E o que defende a direcção do Instituto Superior Técnico?! O ensino superior e a engenharia ou os interesses particulares dos comunistas!?

Esta atitude, sendo desesperada, manifesta a apropriação de meios do estado – dos contribuintes – colocados à disposição para a formação dos portugueses e utilizados abusivamente como instrumento de propaganda do PCP!

Este procedimento revela a postura de quem, apesar de 30 anos passados sobre o 25 de Abril, não ultrapassou a fase da apropriação (ilegítima) colectiva dos meios de produção… De quem pretende impor a identidade entre o partido e o estado… De quem convive mal com a democracia!

Esquecem-se os responsáveis por este gesto desesperado que há mais esquerda para além do PCP…

14.6.04

“ELES QUEREM FECHAR AS JANELAS”

UM EVENTO MUITO SÉRIO


Organização do Conselho dos Laboratórios Associados
Lisboa – 31 de Maio - Pavilhão do Conhecimento


“….e o sacerdote à esquerda
levantou-se e cantou
a culpa é uma carpa deserdada”
(Manuel Gusmão)




Para o efeito emparelhou-se com o prof José M. Gago o Comissário Europeu P. Busquin, que, com falta de respeito por si próprio e pela Comissão a que pertence, irrompeu pela campanha eleitoral portuguesa, atontadiço, em sessão de propaganda levada a cabo por um denominado CLA , grupinho criado e nutrido sob os auspícios do citado Prof José M Gago e que acerca seja do que for tem opinião coincidente com o mesmo.

Há um relatório da Comissão Europeia que demonstra e atesta que a acção da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (Ciência Viva) violou as normas comunitárias e nacionais a que se encontrava vinculada, em termos tais que justificaram a suspensão dos fundos?
Pois o Senhor Busquin não é de modas e no tal evento, tipo jornada de luta contra quem quer bulir com o monopólio da Promotora Oficial (da divulgação científica no espaço nacional), a Mestre Rosália Vargas, não se prendeu com miudezas e deixou cair a seguinte pérola: “ O Ciência Viva é um modelo excelente de sensibilização para a Ciência” .

Colaborou, pois, à sua maneira, na tese de que a suspensão dos fundos comunitários para a Ciência portuguesa não se deveu aos reiterados e sistemáticos atropelos dos responsáveis pela área, ao tempo do XIII e XIV Governos, mas sim à falta de habilidade dos actuais para limpar minudências burocráticas junto de Bruxelas.
(Lembrarmo-nos que nos tempos “da habilidade” foi possível sacar a tranche final do financiamento do PRAXIS XXI sem o respectivo Encerramento do Programa…..)

A mistificação a que veio dar uma ajuda tem um enredo simples:

Em nome de uma ideia – divulgação científica junto dos jovens – que como se calcula ninguém de bom senso deixa de apoiar, tenta passar-se o alerta de que quem põe cobro aos desmandos, irregularidades e compadrios em que a Agência ( a par do Gestor do POCTI e da ADI, ) se refocilava, o que visa afinal é, nas palavras da Promotora Oficial, no tal evento, “fechar as janelas da cultura científica às crianças e jovens.”

Ou seja, o que está em causa não seria a necessária reposição da legalidade, aliás, naturalmente imposta por Bruxelas, mas antes, e sabe-se lá por que ruindade intrínseca, fechar as janelas às criancinhas.
A tese, na sua crueza, deve ser isto:

A criançada portuguesa, na parte da cultura científica, navega como é sabido no negrume mais abjecto.
Ele há, ainda assim, semeadas pela Mestre, umas luzinhas bruxuleantes, quase uns pontinhos, que se vislumbram por entre esconsas janelas….
Mas, aí, as pessoas que agora governam, vendo-as, as tais luzinhas, atiram desapiedadamente:

Te esconjuro! Rápido, tragam panos e tábuas e pregos e martelos, cerremos as frestas, vamos escurecer o mundo da pequenada, que nós, nós somos pelo breu !



E a apadrinhar esta alegre sessão (a que se vão seguir outras mais pelo país fora), nem mais nem menos que o Presidente da República!

Que a dado passo afirmou, certeiro: “É preciso bom senso.”


No dia seguinte, a cobertura do evento, nas páginas do jornal “O Público”, pela mão de Teresa Firmino (Clara Barata, essa, brilha numa atrevida e incisiva entrevista ao Comissário Busquin), eleva-se, no estilo e na isenção, ao nível do “Avante” dos dias de luxo.
As duas jornalistas, chamemos-lhes assim, revelam-se aliás dignas continuadoras da linha “Público na política Científica” desbravada por Vítor Malheiros nos anos 90.
O bom do Malheiros, recorde-se, começou por dar umas largas passeatas mundo afora, a expensas da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT), sob os auspícios do então presidente (o referido Prof. José M Gago), para se ilustrar.
E o que é facto é que se ilustrou.
A seguir, dada a coincidência de opiniões, anseios, dúvidas, certezas, apostas e combates que, sem desfalecer, sempre partilhou com o ex-presidente da JNICT, ganhou nos meios jornalísticos e da ciência os simpáticos sobriquets de “porta-voz” e de “paquete”.

O circo conta, de facto, com artistas experimentados.
A eles voltaremos.